sexta-feira, 17 de julho de 2009

De malas prontas

Sophia está pronta para fazer sua primeira viagem. Vai ao litoral capixaba amanhã para uma pequena temporada de inverno, durante a qual vai conhecer amigos e familiares que até agora só a viam pela internet. Como manda o figurino dos pais-avôs, aproveitei o passeio ao sol que fizemos hoje pela manhã para fazer todas as recomendações de praxe quanto à necessidade de se alimentar bem, tomar água, dormir regularmente e, claro, tratar a todos com a máxima educação. Como Sophia só tem três meses e 9 dias, desconfio de que ela não prestou muita atenção ao que eu disse. Mas não faz mal. O importante é dialogar.

sábado, 11 de julho de 2009

Gabi

Este relato está meio sem pé nem cabeça. O meio acabou aparecendo antes do começo. Coisa de marinheiro de primeira viagem. Para falar do começo, tenho que apresentar Gabi, que já devia estar estranhando o fato de não ter entrado ainda na história. Pequena, magrinha e com cara redonda, ela parece uma Sophia crescidinha. Costumo chamá-la de Pocahontas, e a foto acima mostra o motivo. Pois um belo dia, lá estavam Pocahontas e sua barriga, onde Sophia ficou muito à vontade durante 9 meses, tão à vontade que costumava passear da esquerda para a direita e de cima para baixo. Mas deixemos esses passeios de lado. O importante é que Gabi e sua barriga estão oficialmente apresentadas.
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Em tempo: quando Gabi decidiu trocar o litoral pelas montanhas de Minas, fui promovido a Pãe, que vem a ser o pai que faz o papel de mãe enquanto a mãe verdadeira não está por perto. Em seguida ganhei o título de Pavô, que é o avô que faz o papel de pai. E aqui estou eu às voltas com os meus novos títulos.

Nada de iogurte

Boas notícias da pediatra: Sophia, que nasceu com 3 quilos e 530 gramas, está agora, aos três meses, com 5 quilos e 835 gramas. E mede nada menos do que 60 centímetros! Seu estado de fofura, com direito a bochechas que não estão resistindo à Lei da Gravidade, é tão evidente que a médica decidiu lhe prescrever um regime. Para evitar que o peso ultrapasse o que é razoável, o iogurte está temporariamente suspenso. Acho que, se dependesse de Sophia, ele voltaria logo, junto com papinhas de fruta e outras guloseimas disponíveis para complementar o leite. Olhando a foto acima, porém, quase chego a pensar que até o leite em pós precisa ser bem dosado, sob pena de as bochechas desabarem de vez.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um viva às vacas!

Sophia passou o dia do seu primeiro 1/4 de aniversário alternando seu precioso tempo entre duas tarefas às quais se dedica com a máxima seriedade: tomar leite e dormir. Nos intervalos entre uma coisa e outra, encheu algumas fraldas, tomou sol, foi passear com a babá e até me fez uma visita no escritório, onde riu muito de alguma coisa que descobriu no meu rosto. A mania de dormir não é problema, mas não posso dizer o mesmo sobre o leite. Foi ele que nos deu os primeiros sustos desses três meses. Sophia não se deu bem com o aleitamento materno. No começo, ela até tentou o peito, numa demonstração de boa vontade para com as campanhas feitas pelo Ministério da Saúde. Porém, como não conseguia extrair dele uma quantidade razoável de leite, acabou desistindo aos poucos. Três semanas depois do nascimento, o pediatra constatou uma queda de peso além do normal, o que me tirou o sono por três dias. Restou a alternativa do leite de vaca em pó. Foi amor à primeira vista. À proporção de uma lata a cada três dias, Sophia não só adquiriu de novo o peso normal, como o superou com folga. Meu alívio foi tão grande que coloquei a imagem de uma vaquinha — para mim, atualmente, o mais simpático de todos os bichos — como proteção de tela do meu computador e senti uma sincera vontade de pedir ao Papa que canonize o homem ou a mulher que teve a luminosa idéia de desenvolver o leite em pó para bebês. Que Deus lhe dê em dobro, onde quer que esteja, o bem que fez pelas garotinhas rechonchudas e sorridentes que amam leite de vaca.

De como virei avô

De repente, tão de repente quanto o estouro de um balão vermelho diante de nós numa festa de aniversário, virei avô. Fiquei tão assustado com isso quanto ficaria se esse balão tivesse estourado bem na frente do meu nariz. Para falar a verdade, o susto começou uns 8 meses antes, quando recebi a notícia de que eu iria entrar para o Clube dos Avós com Menos de 40 Anos de Idade. Não é que eu não quisesse fazer parte desse clube. O problema é que eu não esperava entrar já. Mas não é de balões nem de sustos que eu tenho de falar aqui. O assunto é Sophia e seus dias. Esses dias começaram três meses atrás, em 8 de abril, extamente no momento mostrado na foto acima, tirada na ala cirúrgica do hospital, e vêm passando rápido desde então, cada um com uma surpresa. As páginas seguintes falam dessas surpresas, de alguns sustos e de outras coisas que um avô de primeira viagem costuma falar, com direito a um monte de boas gargalhadas de felicidade misturadas ao resto. Lá vamos nós.